Professor do CEPES, apresenta trabalho no X Encontro de Química da Bahia (EQBA)


No dia 15/09/2025, o professor de Química, ROBSON LUIZ ALMEIDA DE JESUS, do Colégio Estadual Professor Edgard Santos - CEPES (Governador Mangabeira), apresentou o trabalho intitulado de: Aplicabilidade pedagógica de um modelo comercial de eletrólise (P.E.M.) no ensino médio, no X Encontro de Química da Bahia (EQBA), realizado na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB (Campus de Jequié), nos dias 14 a 16 de setembro, com o tema: Química Verde para o desenvolvimento regional sustentável.

O trabalho faz parte da pesquisa que Robson Luiz Almeida, está desenvolvendo no Mestrado Profissional em Química (PROFQUI), pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB (Campus de Amargosa), contando com a colaboração da Professora Dra. Joelma Cerqueira Fadigas e do Professor Dr. Clarivaldo Santos de Souza, docentes do mencionado Mestrado.

 

Segundo o autor, o objetivo da pesquisa, consiste em desenvolver uma maquete funcional e sustentável para simular a produção de hidrogênio verde por meio da eletrólise da água, utilizando energia solar, sendo que o modelo proposto será aplicado como recurso didático no ensino de conceitos eletroquímicos no nível médio, promovendo a integração entre ciência, tecnologia e sustentabilidade no ambiente escolar. “A eletrólise da água é um processo eletroquímico que utiliza a eletricidade para decompor a água em seus componentes elementares hidrogênio (H2) e oxigênio (O2). Este processo é fundamental na produção de hidrogênio sustentável, que é considerado uma fonte limpa de energia. Neste trabalho a eletrólise será desenvolvida utilizando um experimentador de eletrólise adquirido na internet, após longo tempo de pesquisa e estudo, sendo ele composto de uma célula de combustível - P.E.M (Membrana de eletrólito de polímeros), uma placa fotovoltaica e um eletrolisador de plástico transparente que permite a visualização de todo processo”, salienta o pesquisador.

 

Almeida, também salienta que do ponto de vista metodológico, o “instrumento compacto, permitirá a rápida execução do experimento de eletrólise da água, superando as desvantagens de fragilidade, transporte de modelos tradicionais e garantindo a segurança e conveniência para a aplicação em sala de aula. Apesar dos benefícios do modelo adquirido, a concepção de uma maquete funcional mais complexa, que envolvesse membranas de eletrólitos de polímeros e placas fotovoltaicas, esbarraria em desafios significativos principalmente na área de segurança”.

Por último, professor Robson Luiz de Almeida, adverte para a validade de sua pesquisa em uma perspectiva educacional, contribuindo para um processo de ensino e aprendizagem inovador no campo da Química: “com planejamento adequado, parcerias estratégicas e recursos compatíveis, é possível transformar essa visão em uma valiosa ferramenta didática. Entretanto, propõe-se o aprimoramento da maquete com a incorporação de sensores, medidores de tensão e corrente e o uso de microcontroladores (como Arduino), permitindo maior controle e análise dos parâmetros experimentais. e ampliando o uso da maquete em ações voltadas à educação ambiental e tecnológica em escolas públicas da região, contribuindo para o desenvolvimento regional sustentável”.

“Parabenizamos, ao professor Robson Luiz Almeida, pela apresentação do seu trabalho, uma experiência extremamente significativa para o ensino de Química, principalmente no Ensino Médio, sobretudo na perspectiva do conceito de Química Verde, algo de grande relevância na conjuntura ambiental mundial na atualidade. Parabéns”, salientou o professor Borges.

O QUE É QUÍMICA VERDE?

A Química Verde propõe o desenvolvimento de processos e produtos menos agressivos ao meio ambiente, buscando alternativas que reduzam a geração de resíduos, o consumo de recursos naturais e o uso de substâncias tóxicas. Com isso, a pesquisa e a inovação tornam-se ferramentas essenciais para transformar a indústria química e promover um equilíbrio entre progresso tecnológico e preservação ambiental.

A Química Verde, também conhecida como Química Sustentável, é um campo que busca minimizar o impacto ambiental dos processos químicos, reduzindo ou eliminando o uso e a geração de substâncias nocivas. Esse conceito foi formalizado por Paul Anastas e John Warner na década de 1990 e é guiado pelos 12 Princípios da Química Verde, que incluem:

Prevenção: Evitar a formação de resíduos em vez de tratá-los posteriormente.

Economia Atômica: Maximizar a incorporação dos reagentes no produto final.

Uso de Solventes e Reagentes Seguros: Evitar substâncias tóxicas sempre que possível.

Eficiência Energética: Reduzir o consumo de energia nos processos químicos.

Uso de Matérias-Primas Renováveis: Priorizar recursos naturais sustentáveis.

Degradação e Segurança Ambiental: Garantir que os produtos químicos possam ser degradados de maneira segura após o uso.

Diante das crescentes preocupações com as mudanças climáticas e a degradação ambiental, a Química Verde surge como um pilar essencial para a sustentabilidade. Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), a emissão de gases de efeito estufa provenientes de processos industriais é um dos principais fatores que impulsionam o aquecimento global. Portanto, a busca por alternativas mais sustentáveis dentro da Química se torna não apenas uma necessidade científica, mas também uma responsabilidade social e ética.

Referências:

JESUS, Robson Luiz Almeida de. Aplicabilidade pedagógica de um modelo comercial de eletrólise (P.E.M.) – Resumo. X Encontro de Química da Bahia. Jequié (BA): UESB, 2025.

UESB. X Encontro de Química da Bahia (EQBA). Jequié (BA): UESB, 2025. Disponível em: https://eqba2025.weebly.com/. Acesso em 25/09/2025.


Postar um comentário

0 Comentários