O trabalho faz parte da
pesquisa que Robson Luiz Almeida, está desenvolvendo no Mestrado Profissional em Química (PROFQUI),
pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB (Campus de Amargosa),
contando com a colaboração da Professora
Dra.
Joelma Cerqueira Fadigas e do Professor Dr. Clarivaldo Santos
de Souza, docentes do mencionado
Mestrado.
Segundo o autor, o objetivo da pesquisa, consiste em desenvolver uma maquete funcional e sustentável para simular a produção de
hidrogênio verde por meio da eletrólise da água, utilizando energia solar,
sendo que o modelo proposto será aplicado como recurso didático no ensino de
conceitos eletroquímicos no nível médio, promovendo a integração entre ciência,
tecnologia e sustentabilidade no ambiente escolar. “A eletrólise da água é um
processo eletroquímico que utiliza a eletricidade para decompor a água em seus
componentes elementares hidrogênio (H2) e oxigênio (O2).
Este processo é fundamental na produção de hidrogênio sustentável, que é
considerado uma fonte limpa de energia. Neste trabalho a eletrólise será
desenvolvida utilizando um experimentador de eletrólise adquirido na internet,
após longo tempo de pesquisa e estudo, sendo ele composto de uma célula de
combustível - P.E.M (Membrana de eletrólito de polímeros), uma placa
fotovoltaica e um eletrolisador de plástico transparente que permite a
visualização de todo processo”, salienta o pesquisador.
Almeida, também salienta que do ponto de vista metodológico, o “instrumento compacto, permitirá a rápida execução do experimento de eletrólise da água, superando as desvantagens de fragilidade, transporte de modelos tradicionais e garantindo a segurança e conveniência para a aplicação em sala de aula. Apesar dos benefícios do modelo adquirido, a concepção de uma maquete funcional mais complexa, que envolvesse membranas de eletrólitos de polímeros e placas fotovoltaicas, esbarraria em desafios significativos principalmente na área de segurança”.
Por
último, professor Robson Luiz de Almeida,
adverte para a validade de sua pesquisa em uma perspectiva educacional, contribuindo
para um processo de ensino e aprendizagem inovador no campo da Química: “com
planejamento adequado, parcerias estratégicas e recursos compatíveis, é
possível transformar essa visão em uma valiosa ferramenta didática. Entretanto,
propõe-se o aprimoramento da maquete com a incorporação de sensores, medidores
de tensão e corrente e o uso de microcontroladores (como Arduino), permitindo
maior controle e análise dos parâmetros experimentais. e ampliando o uso
da maquete em ações voltadas à educação ambiental e tecnológica em escolas
públicas da região, contribuindo para o desenvolvimento regional sustentável”.
“Parabenizamos, ao professor Robson Luiz Almeida, pela apresentação do seu trabalho, uma experiência extremamente significativa para o ensino de Química, principalmente no Ensino Médio, sobretudo na perspectiva do conceito de Química Verde, algo de grande relevância na conjuntura ambiental mundial na atualidade. Parabéns”, salientou o professor Borges.
O QUE É QUÍMICA VERDE?
A Química Verde propõe o desenvolvimento de processos e produtos menos agressivos ao meio ambiente, buscando alternativas que reduzam a geração de resíduos, o consumo de recursos naturais e o uso de substâncias tóxicas. Com isso, a pesquisa e a inovação tornam-se ferramentas essenciais para transformar a indústria química e promover um equilíbrio entre progresso tecnológico e preservação ambiental.
A Química Verde, também conhecida como Química Sustentável, é um campo que busca minimizar o impacto ambiental dos processos químicos, reduzindo ou eliminando o uso e a geração de substâncias nocivas. Esse conceito foi formalizado por Paul Anastas e John Warner na década de 1990 e é guiado pelos 12 Princípios da Química Verde, que incluem:
Prevenção:
Evitar a formação de resíduos em vez de tratá-los posteriormente.
Economia
Atômica: Maximizar a incorporação dos reagentes no produto final.
Uso
de Solventes e Reagentes Seguros: Evitar substâncias tóxicas sempre que
possível.
Eficiência
Energética: Reduzir o consumo de energia nos processos químicos.
Uso
de Matérias-Primas Renováveis: Priorizar recursos naturais sustentáveis.
Degradação e Segurança Ambiental: Garantir que os produtos químicos possam ser degradados de maneira segura após o uso.
Diante das crescentes preocupações com as mudanças climáticas e a degradação ambiental, a Química Verde surge como um pilar essencial para a sustentabilidade. Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), a emissão de gases de efeito estufa provenientes de processos industriais é um dos principais fatores que impulsionam o aquecimento global. Portanto, a busca por alternativas mais sustentáveis dentro da Química se torna não apenas uma necessidade científica, mas também uma responsabilidade social e ética.
Referências:
JESUS,
Robson Luiz Almeida de. Aplicabilidade pedagógica de um modelo comercial de eletrólise (P.E.M.) –
Resumo. X Encontro de Química da Bahia. Jequié (BA):
UESB, 2025.
UESB. X Encontro de Química da Bahia (EQBA). Jequié
(BA): UESB, 2025. Disponível em: https://eqba2025.weebly.com/.
Acesso em 25/09/2025.
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