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Mostrando postagens de março, 2017

Ciência e Medicina: o viés machista

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As manifestações no Brasil e em todo o mundo por ocasião do Dia Internacional da Mulher, que este ano se articularam em torno do movimento global “8M”, têm promovido intensas articulações para ocupar as ruas e também proporcionado uma variedade de debates e reflexões acerca das questões de gênero e dos feminismos na sociedade. Um dos temas mais relevantes e, talvez, um dos menos discutidos é o cerne de uma campanha lançada neste 8 de março pela ONU Mulheres: “Onde estão as mulheres cientistas?”, uma iniciativa sobre gênero e ciência. Este debate envolve questões referentes às desigualdades de acesso e oportunidades para as mulheres nas diferentes áreas científicas, o teto de vidro nestas carreiras, as barreiras de acesso, a força do patriarcado sustentado pela epistemologia positivista e pela adoção do “masculino universal” como parâmetro generalizado na maioria das pesquisas. Em 1999 foi lançado nos Estados Unidos o livro mais emblemático sobre gênero e ciência: O Feminismo Mud

Revolução Russa: assim tudo começou

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Em fevereiro de 1917 na Rússia, em plena guerra mundial, o regime czarista da secular dinastia Romanov é derrubado por um amplo levante de massas. Alguns meses mais tarde, em outubro (as revoluções russas de março e novembro ocorreram, pelo calendário adotado pelo antigo regime, duas semanas antes, e assim ficaram conhecidas), apoiado na mobilização popular e nos sovietes (conselhos) de operários, soldados e camponeses que tomam todo o país, os bolcheviques liderados por Lenin e Trotsky conquistam o poder. Pela primeira vez na história, desde a radicalmente democrática Comuna de Paris ser afogada em sangue pela reação burguesa, uma revolução vitoriosa dava início à construção de uma sociedade socialista. A barbárie imperialista da Primeira Guerra Mundial havia aberto uma nova época, a era da atualidade da revolução. Começava um novo capítulo da modernidade. O século XX iniciava. A revolução de fevereiro A miséria gerada pela guerra e pelo inverno de 1916-1917 faz a insurreição c

Estilista carioca ganha causa sobre o uso de turbante em fotos de documentos

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“Esse RG para mim, é especial, porque os anteriores foram com turbante, esse meu ultimo RG é um troféu que está em minhas mãos. Eu estou segurando esse troféu, mas eu não estou segurando o meu troféu, eu estou segurando um troféu dos meus irmãos, do povo preto”, diz a estilista Rogéria Ferreira, que foi proibida de tirar foto com turbante na cabeça para a carteira de identidade. O caso da estilista gerou uma ação movida pela Defensoria Pública que obteve ganho de causa, liberando o uso de turbante, óculos e outros adereços para as fotos. A decisão jucidial ocorreu em meados deste março, após cerca de um ano do caso. Dona da grife Matamba, a estilista conta que sempre usou turbante como uma forma de conservar a sua ancestralidade e descreve a atitude do Departamento de Trânsito (Detran), o órgão na capital fluminense que procurou para tirar a segunda via da identidade após ser assaltada, como uma maneira de tirar a sua individualidade. “Eu uso turbante 24 horas por dia porque faz p

PALESTRA SOBRE REFORMA DO ENSINO MÉDIO

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Aconteceu hoje (22/03/2017) na Câmara de Vereadores de Governador Mangabeira, uma palestra com o PROFESSOR BORGES , acerca da REFORMA DO ENSINO MÉDIO, aprovada no GOVERNO GOLPISTA de Michel Temer. Reforma essa que não foi discutida com os movimentos sociais, os professores, alunos, pais, especialistas e a sociedade de modo geral. O evento foi promovido pela APLB Sindicato , fruto de um conjunto de atividades em oposição a reforma da previdência apresentada pelo governo ilegítimo de Temer. Durante a palestra o professor Borges, realizou um breve histórico acerca do ensino médio no Brasil, bem como, elucidou as principais aspectos da lei (PLV 34/2016), que implementa o novo ensino médio no país. Abaixo, consta uma síntese dessas mudanças. Em tem, parabenizamos a APLB local, através das professoras Alina Rita e Marlene Borges, pela realização dessas atividades, bem como, as professores e os professoras das redes municipal e estadual pela presença nos eventos, demonstrando a

Nota contra a perseguição e coação a professores de história

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O s profissionais da História brasileiros representados pela ANPUH vem a público demonstrar sua profunda preocupação com o pr ocesso de coação e perseguição sofrido por professores de História ao longo dos últimos meses. Esse processo, certamente, é estimulado pelo movimento Escola Sem Partido que organiza eventos, produz conteúdo digital divulgado em seu sítio eletrônico etc. e patrocina ações legislativas que estimulam a coação, o constrangimento e a censura aos professores de História em todo o território nacional. Já temos registro de casos de professores que sofreram e ainda sofrem esse tipo de ação. No momento, três casos nos preocupam profundamente. O primeiro é o do Colégio Pedro II na cidade do Rio de Janeiro. Lá, professores de História, há alguns meses, foram interpelados pelo Ministério Público Federal, que acaba de abrir um processo administrativo contra esses servidores públicos federais por supostos delitos. O segundo é o processo civil contra a professora Ma

Manifestações em Salvador contra a Reforma da Previdência

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Hoje (15/03), aconteceram em Salvador manifestações contra a Reforma da Previdência, proposta pelo governo golpista de Michel Temer. Pela manhã milhares de pessoas se reuniram em frente ao Iguatemi, já pela tarde outros milhares se deslocaram em passeata do Campo Grande para a Praça Castro Alves. As manifestações foram organizadas por diversas centrais sindicais, dentre elas a CTB, CUT e UGT, sendo que em relação aos profissionais de educação, a coordenação ficou a cargo da APLB Sindicato. Estudantes de escolas públicas e particulares, também participaram das atividades. Diversos representantes de sindicatos do estado da Bahia, coordenados pela APLB Sindicato, discusaram enfatizando os prejuízos que a Reforma da Previdência podem causar para a classe trabalhadora brasileira, ao passo que entoavam palavras de ordem como: "não a reforma da previdência", bem como, "fora Temer" , as quais eram respondidas pelo público presente. Centenas de delegaçõe

PETIÇÃO PÚBLICA CONTRA A EXCLUSÃO DA HISTÓRIA COMO DISCIPLINA OBRIGATÓRIA NO ENSINO MÉDIO

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Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Michel Temer: A Medida Provisória nº 746/16 referente à Reforma do Ensino Médio Brasileiro, recentemente aprovada sem consulta previa à sociedade, exclui a obrigatoriedade da disciplina História neste nível de ensino. Tal exclusão representa um prejuízo inestimável para a formação de nossos estudantes, não só no que se refere ao conhecimento do passado, mas sobretudo, pela sua importância na orientação de valores básicos relacionados à cidadania numa sociedade democrática. Reavivando a memória do Regime Militar, vale lembrar que essa disciplina foi alvo de repressão durante a ditadura e acabou sendo diluída na disciplina denominada Estudos Sociais. Só voltou a integrar o currículo do Ensino Básico a partir de uma forte resistência da comunidade de historiadores, com apoio de amplos setores da sociedade que lutavam pela redemocratização do país. Na vigência do regime democrático, a exclusão da disciplina História do rol das disc

Jesus te salvou do que, afinal?

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Quem já não ouviu de um fanático religioso a frase coercitiva "Jesus morreu pelos seus pecados!”, uma frase que parece nos colocar em dívida com Deus. A frase parece ter a intenção de nos fazer sentir em falta com o “Criador” se não frequentamos uma determinada religião. De fato, no início da vida de Jesus (Mt 1, 18-24), o evangelista deixa claro que quem irá nascer será aquele “que vai salvar seu povo de seus pecados”. Mas sejamos sinceros: Jesus nos salvou do que? Se analisarmos o desenvolvimento da humanidade depois de Jesus Cristo encontraremos uma história de derramamento de sangue em nome ou não de Deus, de escravidão negra, de extermínio de povos na América e África, de duas grandes guerras somente no século 20 e hoje não temos uma sociedade sem pecados, sejam eles individuais ou sociais. Então, do que Jesus nos salvou? O problema está na pergunta formulada e não na resposta. A pergunta não pode ser feita no pretérito, mas no presente: Jesus nos salva do que? Esta pe

Cuidado com os biomas brasileiros é tema da Campanha da Fraternidade 2017

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Com o tema Fraternidade: biomas brasileiros e a defesa da vida, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) abriu hoje (1º) a Campanha da Fraternidade 2017. Segundo a CNBB, o objetivo da ação é dar ênfase à diversidade de cada bioma, promover relações respeitosas com a vida, o meio ambiente e a cultura dos povos que vivem nesses biomas. “Este é, precisamente, um dos maiores desafios em todas as partes da terra, até porque as degradações do ambiente são sempre acompanhadas pelas injustiças sociais”, disse o papa Francisco, em mensagem ao Brasil. O papa destacou que o desafio global pela preservação, “pelo qual toda a humanidade passa”, exige o envolvimento de cada pessoa junto com a atuação da comunidade local. Para ele, os povos originários de cada bioma ou que tradicionalmente neles vivem oferecem um exemplo claro de como a convivência com a criação pode ser respeitosa. “É necessário conhecer e aprender com esses povos e suas relações com a natureza. Assim, será possível