Ciência e Medicina: o viés machista

As manifestações no Brasil e em todo o mundo por ocasião do Dia Internacional da Mulher, que este ano se articularam em torno do movimento global “8M”, têm promovido intensas articulações para ocupar as ruas e também proporcionado uma variedade de debates e reflexões acerca das questões de gênero e dos feminismos na sociedade. Um dos temas mais relevantes e, talvez, um dos menos discutidos é o cerne de uma campanha lançada neste 8 de março pela ONU Mulheres: “Onde estão as mulheres cientistas?”, uma iniciativa sobre gênero e ciência. Este debate envolve questões referentes às desigualdades de acesso e oportunidades para as mulheres nas diferentes áreas científicas, o teto de vidro nestas carreiras, as barreiras de acesso, a força do patriarcado sustentado pela epistemologia positivista e pela adoção do “masculino universal” como parâmetro generalizado na maioria das pesquisas. Em 1999 foi lançado nos Estados Unidos o livro mais emblemático sobre gênero e ciência: O Feminismo Mud