O Prêmio Nobel da Paz de 2011 foi divido por três mulheres: duas da Libéria e uma do Iêmen. As três lutam pelos direitos das mulheres em seus países. Para o comitê, é um reconhecimento de que o papel delas é essencial para a paz no mundo.
São três histórias de coragem em países onde falta prosperidade e sobra violência. Em 2006, a economista Ellen Johnson Sirleaf assumiu o poder na Libéria como a primeira mulher eleita democraticamente na África. Herdou um dos países mais pobres do mundo, destruído em 14 anos de Guerra Civil. Lutou contra a corrupção e contribuiu para devolver a autoestima a mulheres e jovens.
Sirleaf, que concorre à reeleição na semana que vem, afirmou que o prêmio é um reconhecimento pelos anos de luta por justiça. A oposição afirma que ela não trouxe a paz e criticou o momento da escolha, que poderá influenciar na eleição.
A compatriota de Sirleaf, Leymah Gbowee, ganhou fama internacional em 2002 por promover uma greve do sexo no país. Milhares de mulheres aderiram ao movimento, que ajudou a abrir caminho para as eleições com grande participação feminina. Ela disse que o Nobel é uma vitória dos direitos das mulheres em todo o mundo.
A jornalista Tawakkul Karman nasceu no Iêmen, onde mantém uma luta pacífica contra a ditadura do presidente Ali Saleh. Mãe de três filhos, ela lidera o grupo de direitos humanos ‘Mulheres Jornalistas sem Correntes’, que pede mais democracia e defende o direito das mulheres.
Karman dedicou o prêmio a todos os países envolvidos na Primavera Árabe, a onda de revoltas contra governos autoritários de países da região. Para ela, esta é uma mensagem de que a era dos ditadores acabou. Fonte: JN
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