CEPES realiza atividade em comemoração ao Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha

 



Por: Diana Santos. Nos dias 24 e dia 25 de Julho o Teatro do Colégio Estadual de Tempo Integral Professor Edgard Santos (CEPES) foi palco de dois momentos marcantes. Em formato de Roda de Conversa e com o tema geral: Mulheres Negras tecendo redes: identidade, liberdade e educação, historiadoras, filhas da terra e também de Muritiba, cidade circunvizinha, se reuniram para dialogar e celebrar o dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha e dia Nacional de Tereza de Benguela.

Esta atividade que se respaldou nas leis 10.639/03 e na 14.986/24 que versam, respectivamente, sobre a obrigatoriedade do ensino de história e cultura africana e afro-brasileira nos currículos escolares e a lei que inclui “a obrigatoriedade de abordagens fundamentadas nas experiências e nas perspectivas femininas nos conteúdos curriculares do ensino fundamental e médio; e institui a Semana de Valorização de Mulheres que fizeram História no âmbito das escolas de educação básica do País”, tinha como objetivo promover reflexões em torno das temáticas ligadas a Mulher Negra com vistas à Reparação e Bem viver, tema da Marcha das Mulheres Negras deste ano.

As atividades tiveram início no dia 23/07 com as turma da EJA do anexo  do CEPES na localidade de Quixabeira, através de uma parceria com a Prefeitura Municipal no prédio do CEPAVP, quando a professora e mestra em educação - Roberta Evely Passos, abordou a temática: A Maternidade Negra no mundo da educação e do trabalhado: desafios e possibilidades, com a mediação da estudante de História, Letícia Souza.

No dia 24, alunos da EJA (SEDE), puderam refletir sobre os temas: “Desafios no ser Mulher e Negra” com a professora e mestranda Ileana Cardoso e “Mulher negra em busca de reparação histórica” com a professora Msa. Maiane Nery.  A professora Dra. Alaíze Conceição foi a mediadora da noite.

Já no dia 25, o bate-papo foi direcionado aos estudantes do 2º ano matutino e vespertino e contou com a participação da graduanda em História professora Leticia Vasconcelos, falando pela primeira vez sobre sua pesquisa “Em torno da lei do ventre livre”, a professora e mestranda Joice Nunes, discutindo sobre “Autoestima como ferramenta na luta antirracista” e a professora e mestranda Viviane Conceição, abordando sobre “Experiência profissional em uma comunidade quilombola. A manhã foi conduzida pela professora e mestranda Diana Souza.

Contamos ainda com a brilhante participação de nossas alunas, Emily Costa, da turma 1º C integral, com sua forte intepretação da música “Maria Maria” de Milton Nascimento e Ana Luíza, do 1BM parcial, que declamou seu poema autoral que retrata a força das Mulheres Negras.

O evento foi encerrado com chave de ouro com a participação especial da cantora e compositora Manoellem que interpretou uma de suas composições “Ela tem o poder” e emocionou a todos os presentes.

Este evento foi uma inciativa da área de Ciências Humanas do CEPES, através da coordenação das professoras Diana Santos e Alaize Conceição, contando com o apoio da equipe diretiva da escola, coordenação pedagógica, colegas, funcionários e foi abrilhantado com a presença massiva de nossos estudantes que, sem dúvida alguma, desfrutaram de uma manhã leve, potente e rica em aprendizado.

A data 25 de julho

Comemorada no dia 25 de julho, a data remonta ao ano de 1992 quando, em Santo Domingo, República Dominicana, realizou-se o 1º encontro de Mulheres Negras Latino-Americanas e Caribenhas. O encontro, além de propor a união entre essas mulheres, também visava denunciar o racismo e machismo enfrentados por mulheres negras, não só nas Américas, mas também ao redor do globo. Essa importante reunião conseguiu que a ONU, ainda em 1992, reconhecesse o dia 25 de julho como Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.

Em nível nacional, pela Lei 12.987/2014, ficou estabelecido, também no dia 25 de julho, o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, que além de compartilhar dos princípios do Dia Internacional estabelecido em 1992, também tem o propósito de dar visibilidade para o papel da mulher negra na história brasileira, através da figura de Tereza de Benguela. Tereza foi a líder do Quilombo Quariterê, localizado na fronteira do Mato Grosso com a Bolívia, e, por 20 anos, liderou a resistência contra o governo escravista e coordenou as atividades econômicas e políticas do Quilombo. Tereza era de tal importância e magnitude que todos a tinham por “Rainha Tereza”.  

Fontes:

Presidência da República. Lei nº 14.986 de 25 de setembro de 2024. Disponível em: https://legislacao.presidencia.gov.br/atos/?tipo=LEI&numero=14986&ano=024&ato=6e1o3Y65ENZpWT0fe. Acesso em 26/07/2025.

PROAFE/UFPR. Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. Acesso em:  https://proafe.ufpr.br/dia-internacional-da-mulher-negra-latino-americana-e-caribenha/. Aceso em 26/07/2025.


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