Segundo
documentos da época, o lugar abrigava mais de 100 pessoas, incluindo indígenas.
Sua liderança se destacou com a criação de uma espécie de Parlamento e de um
sistema de proteção da população quilombola. Tereza foi morta após ser
capturada por soldados. O Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra
foi instituído no Brasil pela Lei 12.987/2014.
Já o Dia
Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha foi instituído pela
Organização das Nações Unidas (ONU) e teve origem durante o 1º Encontro de
Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, realizado em Santo Domingo,
na República Dominicana, em 1992. O evento reuniu mais de 300 representantes de
diversos países para compartilhar suas vivências, denunciar as opressões e
debater soluções para a luta contra o racismo e o machismo.
Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 61,1% das
vítimas de feminicídio em 2023 eram mulheres negras. O documento também aponta
que as mulheres negras também são as maiores vítimas de estupro, registrando
56,8% dos casos. Além disso, conforme dados de 2022 do Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a taxa de
desemprego das mulheres negras ficou em 13,9%. Entre o total de negras
ocupadas, apenas 31,5% tinham carteira assinada.
ANDES-SN
na luta
O ANDES-SN tem avançado nas últimas décadas na luta antirracista e em defesa
dos direitos das mulheres negras e no combate ao racismo nas instituições
públicas de ensino, por meio do Grupo de Trabalho de Políticas de Classe,
Étnicorraciais, Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS). Além dos debates, o
Sindicato tem feito o enfrentamento ao racismo estrutural na sociedade e nos
espaços de aprendizagem. E, ainda, lançou a publicação “Cartilha de Combate ao
Racismo” que aborda temas como a construção do racismo na sociedade brasileira,
a centralidade do feminismo negro na luta antirracista, a Lei de Cotas para
estudantes e também nos concursos públicos e as comissões de
heteroidentificação.
O
Sindicato Nacional integra a Coordenação Operativa da "Campanha Nacional
Fazer Valer as Leis 10.639 e 11.645". Estas legislações tornam que
obrigatório o ensino da História e cultura africana, afro-brasileira e indígena
no currículo escolar, com ênfase nas disciplinas de História, Arte e
Literatura. Em conjunto com outras entidades e movimentos da Campanha, o
ANDES-SN está organizando "I Encontro Nacional da Campanha Nacional
Fazer Valer as Leis 10.639 e 11.645", previsto para ocorrer entre 21 e 23
de novembro deste ano, em Brasília (DF).
Disponível
em: https://pt.org.br/25-de-julho-dia-de-celebrar-e-exaltar-as-mulheres-negras/.
Acesso em 25/07/2023.
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