A
banca de defesa foi composta pelos professores: Josemar Rodrigues da
Silva (orientador) e como examinadores os professores Alex
Sandro da Conceição Brandão e Luís Carlos Borges da Silva, os quais
concederam nota máxima (10) a apresentação e a produção textual do educador
Cláudio Roberto. Também, estivem presentes no evento o coordenador da pós,
professor Denilson Vicente, a esposa de autor do TCC, senhora Maria Lopes, o
jovem Jailton Sena e o senhor Valdemar Bastos.
A
pesquisa busca analisar a situação dos negros e negras na cidade de Cachoeira
após a abolição da escravização no Brasil (1888), discutindo aspectos da
marginalização social e econômica que a polução população negra foi
condicionada, como podemos notar em um dos trechos do texto:
“Na verdade, o povo negro foi
sucumbido socialmente por não ser contemplado por nenhum direito do estado de
direito, por serem negros, carregavam o “peso da cor” de sua melanina e outros
dilemas. Notoriamente a marginalização provocada pelas ausências dos serviços
do estado à sua disposição ainda assim não remeteram o negro a ociosidade,
porém, o tornou em um ser “invisível” aos olhares da sociedade brasileira. Por
isso, se fez necessário dar início às lutas pela sobrevivência” (PEREIRA, 2016,
p. 2).
O texto, também aborda como a população
negra buscou formas de sobrevivência nesse período na cidade de Cachoeira,
destacando a atividade do Jogo do Bicho, algo considerado por muitos como
subversivo, bem como pela imprensa, que segundo o autor chegou a identificar a prática
como “resquícios da escravidão”. Nesse sentido, “para o jornal “A Cachoeira”,
por exemplo, o jogo do bicho se constituiu enquanto um mal desenfadado, o
responsável pelo desvio de conduta de homens, mulheres e crianças da cidade
portuária” (Idem, p. 13).
Embasado em uma rica bibliografia e em
fontes com Jornais da época, Claudio Roberto, demonstra o significado do Jogo
do Bicho para a vida de ex escravizados na cidade de Cachoeira no período em
tela, apresentando-se como uma forma de geração de renda e consequentemente de
sobrevivência. Dessa forma, “Muitos dos libertos ao acessarem o mercado
informal, e em especial o jogo do bicho, tiveram chances de se tornarem
atuantes e “visíveis” nos poucos espaços sociais que lhes foram destinados,
caracterizando assim um mecanismo prático de enfrentamento à marginalização
socioeconômica”. (Idem, p. 16).
Parabenizamos ao professor Cláudio Roberto pela defesa do seu TCC, um texto produzido de forma contundente, com uma linguagem fácil e significativo domínio da temática, principalmente a questão do Jogo do Bicho como forma de sobrevivência para a população negra no pós-abolição, um tema de grande relevância no contexto histórico do Recôncavo baiano. Também, parabenizamos ao professor Josemar Rodrigues pela orientação e ao IF Baiano pelo desenvolvimento da pós-graduação. Agradeço ao professor Cláudio Roberto para fazer parte da banca examinadora, ao lado do competente colega historiador, Alex Sandro Brandão. Parabéns!!”, salientou o professor Borges.
CLÁUDIO ROBERTO DOS SANTOS PEREIRA - Licenciado em História pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), atualmente lecionada a disciplina História na Escola São Luís (Muritiba), também esse ano foi aprovado para o Mestrado em História Local e Regional da UNEB - Campus V (Santo Antônio de Jesus).
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