UMA CONVERSA COM A TURMA DA TERAPIA COMUNITÁRIA, ACERCA DAS IDEIAS DE PAULO FREIRE

 

Ontem (11/06), aconteceu no espaço da APAE, uma roda de conversa com o grupo da TERAPIA COMUNITÁRIA do município de Governador Mangabeira, acerca das ideias do educador PAULO FREIRE (1921-1997), bem como a relação da Pedagogia Freiriana com a concepção da Terapia Comunitária Integrativa. O dialogo foi intermediado pelo professor Borges, a convite da irmã da Santa Cruz (freira) – ANA HELENA DO VALE, a qual coordena as ações do citado grupo na região do Recôncavo Baiano.

Segundo Ana Helena, essa é a terceira turma da Terapia Comunitária Integrativa e a segunda do Cuidando do Cuidador, composta por 25 pessoas de várias cidades do Recôncavo, além de Feira de Santana e Salvador, sendo que a coordenadora a nível estadual é a senhora: Maria das Graça Farani.

Na oportunidade, o professor Borges dialogou com a turma, acerca de aspectos vinculados a trajetória da vida de Paulo Freire (Patrono da Educação no Brasil), especialmente ao seu método de alfabetização, o qual se fundamenta em uma metodologia voltada para a realidade dos educandos (Pedagogia do Oprimido). Também, mencionou a importância das ideias de Freire para a educação de modo geral, no Brasil e no mundo, uma vez que o mesmo é estudado em universidades dos Estados Unidos, homenageado com escultura na Suécia, nome de centro de estudos na Finlândia e inspiração para cientistas em Kosovo. O seu livro, “Pedagogia do Oprimido”, escrito em 1968, é o terceiro mais citado em trabalhos acadêmicos na área de humanidades em todo o mundo.

Ainda, durante a conversa foi discutido a relação da Pedagogia de Paulo Freire com a Terapia Comunitária, salientando “a autonomia do sujeito, a horizontalidade do saber, a educação como prática libertadora, e a incompletude do ser humano. Tal como a Terapia Comunitária, o método Paulo Freire é uma forma de ver o mundo, de ler a realidade e a si mesmo” (Disponível em: evistaconsciencia.com/a-pedagogia-de-paulo-freire-contribuicoes-e-reinvencao).

Segundo o pesquisador Adalberto de Paula Barreto (2010), a Terapia Comunitária – é um espaço de promoção de encontros interpessoais e intercomunitários, objetivando a valorização das histórias de vida dos participantes, o resgate da identidade, a restauração da autoestima e da confiança em si, a ampliação da percepção dos problemas e possibilidade de resolução a partir das competências locais.

Através das dinâmicas vivenciais, a Terapia Comunitária, propõem-se uma reflexão sobre os seis pilares da autoestima, segundo Nathaniel Branden, que são: viver conscientemente, autoaceitação, autoresponsabilidade autoafirmação, intencionalidade e integridade pessoal.

Por sua vez, a irmã Ana Helena, destaca que: “após seis meses de aula, os participantes da Terapia Comunitária recebem um certificado, emitido pela ABRATECOM - Associação Brasileira de Terapia Comunitária, para qual os alunos realizam uma contribuição financeira mensal volta para esse fim. Assim, as atividades do curso, têm contribuído para elevar a autoestima de muitas pessoas, bem como colaborando para levantar muitas vidas e propiciando novo ânimo na caminhada humano/espiritual. Sem dúvidas, o curso é uma Bênção para todos nós, pelo qual agradecemos a Deus e toda a equipe que se coloca à disposição para nos ajudar”, enfatizou a Ana Helena.

Agradeço ao convite das Irmãs da Santa Cruz para intermediar esse diálogo acerca da relação da Pedagogia de Paulo Freire com a Terapia Comunitária, uma temática de extrema importância para a sociedade brasileira nos dias atuais. Também, parabenizo aos componentes da turma pelas relevantes contribuições durante a conversa, demonstrando o quanto é importante e necessário estudar as ideias de Paulo Freire, bem como a simbiose com as concepções da Terapia Comunitária. Parabéns!!!” salientou o professor Borges.

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