Professoras Janete Marques e Kátia Maria Barbosa, falam dos seus livros na Finisterra na cidade de Cachoeira, no Museus Hansen Bahia

 

Sem apoio do poder público na cidade (Governador Mangabeira) que exercem suas atividades profissionais, as professoras e escritoras JANETE MARQUES E KÁTIA MARIA BARBOSA, de forma qualificada estão conquistando outros espaços para a divulgação dos seus respectivos livros: Flora, Faça Florir e Cabelo Ruim? Que mal ele te fez? Hoje (21/04), as mencionadas escritoras participaram de uma roda de conversas no evento: Finisterra - Brasil Afro Barroco, realizado na cidade de Cachoeira pela Fundação Hansen Bahia e Arrábida Film, com patrocínio da Bahia Gás e Governo do Estado da Bahia, sendo a mediadora a pesquisadora Acely Araújo.

Na oportunidade, as escritoras dialogaram com o público presente acerca dos motivos que contribuíram para a escrita dos seus livros. Em se tratando da narrativa construída por Janete Marques em seu livro, “Flora, Faça Florir!” surge do desejo de levar a experiência vivida nas rodas de histórias para a literatura infantojuvenil. E, assim, seguir apoiando o florescer de meninas/mulheres e meninos/homens, possibilitando ao pequeno leitor a visualizar e refletir sobre uma família negra não apenas no sentido da dor e das cicatrizes que o racismo promove, mas constrói um cenário humanizado, de amor, afeto, união, empatia, sororidade”, salienta a autora.

Já no livro Cabelo Ruim? Que mal ele te fez? Kátia Maria Barbosa, enfatizou que sua narrativa é resultado das experiências de racismo vividas pela autora, especialmente durante sua gestação, em relação ao cabelo crespo de sua filha, provocando-lhe uma inquietação para escrever sobre o tema. A partir de um grupo focal de alunas do Centro Educacional Angelita Gesteira (CEAG), localizado na cidade de Governador Mangabeira, foi realizada a pesquisa que embasou a produção do paradidático, fruto do Mestrado Profissional em História da África, da Diáspora e dos Povos Indígenas da UFRB (Universidade do Recôncavo da Bahia). Também, em sua fala a autora fez criticas ao modelo de escola militarizada, que tenta impor normas que afetam a diversidade cultural, especialmente dos cabelos crespos de meninas e meninos. 

“Parabenizamos as professoras Janete Marques e Kátia Maria Barbosa pela relevante participação na Finisterra, demonstrando profundo conhecimento acerca das possibilidades para construção de uma educação antirracista no Brasil, bem como a produção de material paradidático voltado para o público infantojuvenil com temáticas relacionadas a História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Esperamos que os governantes da cidade de Governador Mangabeira, também possam reconhecer e valorizar o talento dessas professoras, também com escritoras, salientou o professor Borges, que esteve presente no evento.