O teórico cultural jamaicano Stuart Hall morreu aos 82 anos, devido a complicações de saúde. Ainda não há divulgação do horário da morte.
Hall cresceu em Kingston, na Jamaica, e estudou em Oxford, na Inglaterra, onde se estabeleceu como um dos principais sociólogos do país. O teórico foi convidado por Richard Hoggart a ser um dos pesquisadores do Centro de Estudos Culturais Contemporâneos, na Universidade de Birmingham, ainda 1964. Seis anos mais tarde, ele se tornou diretor do Centro.
– Sendo um negro de um país colonizado vivendo em Londres, Hall passa a se questionar a respeito das identidades culturais. Mais tarde, teóricos encontram nestes estudos uma fonte para tratar da globalização, ampliando estes estudos – explica Nilda Jacks, professora da Comunicação Social da UFRGS.
No Brasil, Hall é conhecido pelos livros Identidades Culturais na Pós-Modernidade e Da Diáspora: Identidades e Mediações Culturais. Tanto em sua carreira acadêmica como em debates públicos, o autor se preocupava em discutir as dimensões político-culturais da globalização e os movimentos anti-racistas.
– Hall não era propriamente o pai dos Estudos Culturais, mas teve um papel fundamental ao trazer novas leituras políticas e também ser um ativista – ressalta Nilda.
No ano passado, o intelectual ganhou um importante documento sobre sua vida: The Stuart Hall Project. Com imagens de participações de Hall na televisão e gravações de entrevistas em rádio, o filme é um documentário sobre sua vida, pensamento e ativismo. Fonte: geledes.org.br
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