A procura por garrafas pet para reciclagem disparou no Brasil. Mas como
apenas algumas cidades têm programas de coleta seletiva está faltando
material para a indústria. A matéria-prima de garrafas pet é muito disputada e anda até em falta
no mercado. Surge depois que as garrafas descartadas são separadas,
tragadas pela esteira, lavadas e finalmente trituradas. “Aumentou muito a
utilização e a variedade de utilização dos produtos com pet. E a coleta
de pet não acompanhou esse aumento de utilização do pet”, diz Marcelo
Fonseca, diretor de empresa.
Em Sorocaba, no interior de São Paulo, o plástico pet moÃdo serve para
fazer placas de trânsito e até capas de cadernos. Mas o maior uso ainda é
nos tecidos. O plástico se transforma em fios e entra na fabricação de
sofás, cobertores e todo o tipo de roupa de poliéster.
O trabalho normalmente começa nas mãos de catadores e cooperativas. “É o
material mais fácil de se trabalhar porque é limpo, não tem
contaminação”, diz uma catadora.
O número de fábricas de reciclagem no Brasil saltou de 175 para 425. Só
que sem matéria-prima as fábricas produzem 30% menos do que poderiam. O
valioso plástico moÃdo está ficando cada vez mais raro não é por falta
de esforço de catadores, sucateiros e cooperativas que fazem um trabalho
de formiguinha e ajudam o Brasil a ser um dos paÃses que mais reciclam
garrafas pet no mundo. A gente só não ocupa a capacidade das fábricas e
não aumenta a produção porque as cidades não estão fazendo a parte
delas.
São mais de 5 mil municÃpios pelo Brasil. Mas, segundo a Abipet, só 443 fazem a coleta seletiva do lixo.
“Então, hoje, boa parte das recicladoras do Brasil trabalham com
ociosidade”, diz Auri Marçon, da Associação Brasileira da Indústria do
PET.
O Brasil recicla 56% das garrafas pet, mas ainda desperdiça mais de 100
mil toneladas, por ano, de um material tão útil e, em todos os
sentidos, incrivelmente bonito.
Fonte"Jornal Nacional"
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