Nos últimos 21 meses, até maio deste ano, cerca de 13,3 milhões de pessoas  ascenderam às classes A, B ou C no Brasil. A informação consta do estudo Os  Emergentes dos Emergentes, divulgado hoje (27), em São Paulo, pela Fundação  Getulio Vargas.
Segundo Marcelo Neri, coordenador do estudo, o dado revela uma “transformação  de grande magnitude” que está acontecendo no país. Isso se deve, segundo ele,  principalmente porque a renda do brasileiro vem crescendo desde o fim de 2003 e  a desigualdade vem caindo há dez anos consecutivos. De acordo com ele, a mudança  também ocorreu por causa da estabilidade econômica e do controle da inflação e,  sobretudo, devido à educação.
“Só pelo efeito da educação, se tudo ficasse constante, a renda do brasileiro  cresceria 2,2 pontos de porcentagem por ano, o que é bastante. Eu diria que a  educação é a grande política estrutural por trás disso”, afirmou Neri.
Nos últimos 21 meses, o maior crescimento se deu nas classes A e B (12,8%),  seguidas pela classe C, que cresceu 11,1%. Quando se passa a analisar a mudança  que ocorreu nas classes econômicas do Brasil desde 2003, o estudo aponta que  48,7 milhões de brasileiros entraram nas classes A, B e C, população maior que a  da Espanha.
A base da pirâmide, formada pelas classes D e E, por sua vez, ficou menor. Em  2003, 96,2 milhões de pessoas faziam parte da base da pirâmide. Neste ano, o  número passou para 63,6 milhões. A classe C, por sua vez, passou de 45 milhões  de pessoas em 1993 para 105,5 milhões este ano. Fonte: Agência Brasil
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