Programa Cultivando Água Boa

O Brasil é tão rico em água que a gente até pensa que esse é um recurso infinito pelo país. Mas não é. Hoje em dia, a paisagem de rios secando se tornou até comum em várias regiões.
É o que acontece no oeste do Paraná, ao lado da grande barragem de Itaipu. Lá também já existem córregos e riachos que secaram por causa da má conservação do solo e da falta de proteção às nascentes. Mas essa realidade está mudando.
Mesmo na seca, um dos maiores espetáculos da natureza são as Cataratas do Iguaçu, que, na língua do índio, quer dizer água grande. Parece água que não acaba mais. No entanto, dia após dia esse produto se torna tão precioso que já existe gente pensando em produzir água, fazer cultivo de água.
Vinte e nove municípios do oeste do Paraná fizeram um pacto para a defesa de suas nascentes. É o Programa Cultivando Água Boa, coordenado pela Hidrelétrica de Itaipu.
O diretor geral da Itaipu, o agrônomo Jorge Samek, explicou a urgência na preservação da água doce. “Dois terços do planeta são constituídos de água e apenas um terço é constituído de terra. Só que desta água, noventa por cento estão em forma de oceanos e mares, ou seja, água salgada. Um e meio por cento são geleiras. Apenas 0,5% é água disponível para a população. A água disponível no planeta Terra para os seres humanos, animais, plantas, para a irrigação é só esse pedacinho”, disse.
Essa é a característica da região atendida pelo Cultivando Água Boa e a agricultura familiar. De 80% a 90% das propriedades têm até 50 hectares. Na terra boa, produz-se soja, milho, aveia, trigo e centeio. A riqueza do cenário e a beleza da paisagem, porém, escondem um grande prejuízo ambiental.
Hoje, milhares de agricultores participam do Programa Cultivando Água Boa. Se os 29 municípios dessa região do oeste do Paraná cuidarem de suas nascentes, ribeirões e rios, a água que vai chegar ao lago de Itaipu será mais limpa, sem contaminação. Bom para a Itaipu, mas melhor
Fonte: g1.com.br/globorural

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