Festa da Boa Morte é patrimônio imaterial da Bahia

No início do século XIX mulheres negras e ex-escravas se uniram para ajudar escravos a conseguir a liberdade. Em torno da fé em Nossa Senhora, criaram uma confraria católica, a Irmandade da Boa Morte, que saiu de Salvador e foi se instalar na cidade de Cachoeira, por volta de 1820. Desde então, todos os anos, as irmãs promovem uma festa que mistura elementos do catolicismo e do candomblé e é considerada uma das mais importantes manifestações culturais da Bahia.
Agora, essa história de luta e devoção foi transformada em patrimônio imaterial da Bahia. O decreto de reconhecimento foi assinado pelo governador Jaques Wagner, nesta sexta-feira (25), durante sessão solene na Câmara Municipal de Cachoeira. Ele inclui a Festa da Boa Morte no Livro de Registro Especial de Eventos e Celebrações.
“Essas mulheres lutaram e são um exemplo. Esse é um reconhecimento mais do que merecido. Espero que, com ele, a gente possa fortalecer ainda mais a tradição e manter viva a festa”, disse Wagner. O reconhecimento é uma salvaguarda à manifestação cultural afrocatólica, que passa a ter a proteção e o incentivo do Estado e da sociedade civil organizada. Uma garantia de que a tradição vai permanecer viva da mesma forma como é realizada atualmente.

Fonte: AGECOM - BA

Postar um comentário

0 Comentários