Por: Maria Gabriela Santana e Railan Mendes.
Você
mim comercializou.
Mim
levou para longe. 
Para
mim escravizar.
Mudou até meu nome.
Não tinha o que fazer. 
Na
embarcação estava.  
No Atlântico mim encontrava.
Ali por liberdade já gritava.
Falando
em respeito.
De
novo eu vi alguém. 
Sofrer
com preconceito.
Isso
é desrespeito.
Vi
que alguém brincava com nossos direitos.
Seja
branco ou seja do gueto. 
Todo
mundo merece respeito.
Então
vamos viver sem preconceito.
Não
dá mais, não dá mais. 
Essa
é a maior verdade. 
Não
ao preconceito. 
E
sim a igualdade.
Antes
de discriminar. 
Pare
para pensar.
Pois
o negro pode chegar.
Onde
tu nem pensa em imaginar.
O
negro é cultura. 
O
negro é persistência.
O
negro é o começo. 
O Negro
é a sobrevivência.
O
negro é a noção. 
De
toda essa nação. 
O
negro é liberdade. 
Esqueça
esse negócio de escravidão....
A
Cultura afro-brasileira tem seu valor. 
A
Consciência Negra vamos celebrar.
Chega
de discriminação e preconceito. 
A
paz de Jah vamos juntos cantar.
Eu
sou Bahia, eu sou Recôncavo. 
Mangabeira
é meu coração. 
Sou
negro, sou resistência. 
O
reggae é minha canção.
Sou
samba de roda e capoeira. 
Sou
Ialorixá e rezadeira. 
Faço
acarajé e beiju. 
Na
fonte das Cabeças fui lavadeira.
Canta,
canta Colégio Edgard. 
Com
amor e emoção. 
A
liberdade do povo negro. 
Igualdade
é a solução.
Maria Gabriela Santana da Silveira e Railan de Oliveira Mendes da Silva, são alunos da turma do 1º BM (ensino médio) do Colégio Estadual Professor Edgard Santos - CEPES, localizado na cidade de Governador Mangabeira - BA. A poesia foi apresentada durante o projeto Consciência Negra 2018.

 
 
 
0 Comentários