A violência
de gênero, em suas diversas formas, impacta de maneira avassaladora a vida de
meninas e mulheres negras. O racismo sistêmico atua como um catalisador das
desigualdades, expondo essa parcela da população a um alto grau de
vulnerabilidade.
Um exemplo
dessa realidade é a incidência desproporcional de violência e feminicídio entre
as mulheres negras. De acordo com dados do Fórum
Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), em 2022, dos 74.930 casos
de estupro registrados, 88,7% das vítimas eram mulheres, sendo 56,8% delas
negras. Para o ano de 2023 o levantamento do FBSP apresenta que
61,1% das vítimas de feminicídio foram mulheres negras.
O Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável (ODS) visa alcançar a igualdade de gênero e
empoderar todas as mulheres e meninas, reconhecendo-a como um direito humano
fundamental. Contudo, os dados acima demonstram que esse ideal está longe de
ser uma realidade, e elas seguem em desvantagem em termos de oportunidades e
qualidade de vida.
Neste
contexto, Geledés – Instituto da Mulher Negra destaca a importância do Dia 8 de
março para refletir sobre a emancipação econômica e financeira das mulheres
negras como um passo crucial para alcançar a igualdade de gênero, sendo também
um desafio o envolvimento das instituições nesse debate sobre a urgência de
implementar medidas eficazes para promover a justiça racial.
Portanto, é imperativo que o setor público e o privado, assim como as agências bilaterais assumam o compromisso com a implementação de políticas de ação afirmativa que promovam a justiça racial e de gênero.
Fonte:
https://www.geledes.org.br/8-de-marco-os-desafios-por-justica-racial-e-de-genero/.
Acesso em 09/03/2024.
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