Em pouco mais de 90 dias, o Vitória salvou uma temporada que parecia perdida, em
que tinha 2,6% de
chances de classificação e 51% de risco de rebaixamento, para
alcançar o principal objetivo no ano. De volta à Série B após um ano na
Terceira Divisão, o Rubro-Negro precisou de uma série de correções de rota para
superar uma caminhada tortuosa até o acesso.
Início sob desconfiança confirmado por campanha
Embora
fosse visto como um dos candidatos ao acesso na Série C, o Vitória demorou a confirmar o favoritismo. E, pior
que isso, já entrou na competição sob desconfiança após um início de temporada
ruim, em que foi eliminado na primeira fase do Campeonato Baiano pelo quarto
ano consecutivo.
À
época, o Vitória era treinado pelo veterano Geninho, que já
era o segundo técnico do clube em 2022 (substituiu Dado Cavalcanti). O
experiente técnico, porém, não conseguiu fazer a equipe saltar de rendimento
e durou apenas quatro partidas, sendo duas na Série C
(derrotas para Remo e Floresta).
Acertar
o substituto de Geninho não foi fácil para o Vitória, que
teve negativas de
outros treinadores até fechar a contratação de
Fabiano Soares. Por conta disso, o clube teve o interino Ricardo Amadeu à
frente do time na derrota para
o Ypiranga.
Foi
durante esse período que o clube também acertou a contratação do
diretor de futebol Rodrigo Pastana, que ficou pouco mais de dois meses no
clube, até aceitar uma
proposta do Guarani e ser substituído por Edgar
Montemor.
No
pouco tempo em que ficou no clube, Pastana ficou marcado por uma polêmica envolvendo
a saída do então meia rubro-negro Jadson. Principal reforço da temporada até
ali, o meia rescindiu contrato
de forma precoce, após atuações ruins; segundo apuração do ge, a saída teria
sido pedida pelo diretor de futebol rubro-negro. Em agosto, o meia
anunciou aposentadoria do
futebol.
Em
campo, o Vitória também
não conseguia saltar na tabela sob o comando de Fabiano Soares. O treinador até
teve um bom início, com três vitórias e um empate nos primeiros seis jogos, mas
o time caiu de rendimento e seguiu distante da parte de cima da tabela da Série
C. Em junho, ele foi demitido com
50% de aproveitamento na Terceirona.
Técnicos
do Vitória na Série C:
1. Geninho: dois jogos e duas derrotas, 0% de
aproveitamento
2. Ricardo Amadeu (interino): um jogo e uma derrota,
0% de aproveitamento
3. Fabiano Soares: oito jogos e três vitórias, 50% de
aproveitamento
4. João Burse: 14 jogos, oito vitórias, 69% de aproveitamento
Mas
a caminhada do Vitória de
João Burse não foi fácil. O Rubro-Negro começou bem o quadrangular da
Segundona, com triunfo por 1 a 0 nos
minutos finais sobre o Paysandu, no Barradão. Contudo, na segunda partida, o
time foi goleado por 5 a 1 para
a Ponte Preta e deixou a zona de classificação. E o empate em 0 a 0 com
o ABC no jogo seguinte deixou o Rubro-Negro pressionado.
Somente
na penúltima rodada do quadrangular o Vitória voltou
à zona de classificação, ao bater o Figueirense por 1 a 0 no
Barradão. Assim, o time voltou a depender apenas de si para conquistar o
acesso.
Depois de tudo que passou ao longo da temporada, o Rubro-Negro não
deixaria de fazer a sua parte no último momento. Neste sábado, na Curuzu, o Vitória empatou com o Paysandu e confirmou o tão
esperado acesso para a Segunda Divisão. Uma conquista que, em alguns momentos,
pareceu tão distante, mas se cristalizou em uma troca de treinador e foi
marcada por uma campanha de superação poucas vezes vista.
Fonte: https://ge.globo.com/ba/futebol/times/vitoria/noticia/2022/09/24/dos-2percent-de-chance-ao-acesso-vitoria-supera-inicio-desastroso-arranca-e-sobe-para-a-serie-b.ghtml.
Acesso em 24/09/2022.
1 Comentários