O aposentado José Mattos vacina-se anualmente desde que completou 60 anos perto de sua casa, no Posto de Saúde Dr. Antônio Brandão de Souza, no largo da Fazenda Garcia. “A vacina é indolor e não dá problemas”, garante Mattos. Ele foi um dos 100 cidadãos que, em média, foram vacinados por dia no local durante a Campanha Nacional contra a gripe, realizada pelo Ministério da Saúde.
A campanha, que começou no dia 5 deste mês, termina nesta sexta, dia 25. No entanto, apenas 52,86% dos 2,2 milhões de baianos que se enquadram no grupo-alvo da campanha foram vacinados. O Ministério da Saúde tem como meta imunizar 80% do público-alvo nacional.
Desde o surto da Influenza A, em 2009, o número de óbitos decorrentes da gripe na Bahia caiu drasticamente devido à eficácia da campanha. Com 20 casos registrados em 2009, o número foi reduzido para um no outro ano. Nenhum caso de morte foi notificado em 2011. Neste ano, a coordenadora do Programa Estadual de Imunização, Fátima Guirra, preocupa-se com o baixo número de vacinados, principalmente de idosos.
O único caso ocorreu em 1999, no primeiro ano da campanha. “Com a chegada do inverno e a rápida mutação desses vírus, ficamos muito preocupados de um novo surto ocorrer na Bahia”, ressalta a coordenadora.
Idosos a partir de 60 anos, crianças de seis meses a 2 anos incompletos, gestantes, indígenas e profissionais de saúde devem buscar postos de saúde e vacinar-se gratuitamente.
Salvador - Na capital, a porcentagem é ainda menor. Apenas 33% do público-alvo foi vacinado, ou seja, aproximadamente 125 mil soteropolitanos. De acordo com informações do Ministério da Saúde, não há previsão de que o prazo será prorrogado.
As doses ajudam a imunizar a população contra os três tipos mais populares de vírus, a Influenza A (H1N1 e H3N2) e a Influenza B. Aqueles que não fazem parte dos grupos beneficiados pela gratuidade da vacina deverão pagar em centros de vacinação particulares, onde o valor de cada dose oscila entre R$ 40 e R$ 70.
Contraindicações - A vacina não é recomendada para alérgicos à proteína do ovo ou quem apresentou anteriormente reações adversas às doses. Pacientes que possuem histórico de doenças agudas, neurológicas ou com febre devem consultar um médico antes de tomar a vacina. O ministério garante que a dose não provoca efeitos colaterais.
Fonte"A tarde"
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