
Na rede baiana de ensino, que congrega 1.544 escolas (com 1,2 milhão de alunos), a meta de se adotar formas de avaliação que impliquem numa observação contínua, cumulativa e individual do aluno ao longo do ano letivo ainda não foi alcançada.
Conforme admite o superintendente de desenvolvimento da educação básica do estado, Nildon Pitombo, tais intenções, previstas na Lei de Diretrizes e Bases da educação brasileira, esbarram na dificuldade de se espalhar, por toda a rede, a formação técnica e pedagógica adequada aos cerca de 45 mil professores.
“Hoje a secretaria de educação recomenda que as escolas cuidem disso. Elas têm autonomia de organizar o seu currículo pedagógico”, pontua o gestor. Pitombo atribui o pouco avanço também à resistência cultural de professores, alunos e pais em não abrir mão da nota como critério de avaliação.
Para o pesquisador Cipriano Luckesi, que há cerca de 40 anos estuda o tema, a grande distorção deste modelo tem sido a de enxergar a prova como a própria aprendizagem. Ele pontua: “Os instrumentos de avaliação usados na escola são inadequados, mal elaborados, com pegadinhas, não permitem um verdadeiro diagnóstico da aprendizagem”.
Fonte: A Tarde
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