Racismo na Internet

Algumas pessoas, como o sociólogo Demétrio Magnoli e o chefão do jornalismo da Globo, Ali Kamel, tentam nos provar que não existe racismo no país, mesmo com fatos todos os dias ligados ao preconceito. Vocês sabem aquele típico ato racista, de chegar para um negro e pedir para ele guardar o carro, ou sempre relacioná-lo a qualquer cargo subalterno? Agora a internet criou o equivalente virtual a isso.

No portal de celebridades ’Estrelando”, a primeira juíza negra do Brasil, Luislinda Valois, foi confundida com uma camareira por um desavisado e racista jornalista. Assim ficou a legenda da foto em que ela aparece: “Natália do Vale, a Ingrid, enche a camareira de carinhos”. Que linda a relação entre patroa e empregada! Quase a democracia racial de amor entre a Casa Grande e a Senzala, tão sonhada pelos intelectuais citados acima.

Até quando, dentro da comunicação, a prática de crimes estará impune? É por essas e outra que os movimentos sociais exigem que exista respeito aos Direitos Humanos na mídia e que isso se faça através de Controle Social e da Lei.

O tal portal já mudou a legenda, o que não retira a vergonhosa falha. Um ato falho, como a voz vazada de Boris Casoy revelando o ódio aos trabalhadores pobres. Desta forma vemos como o racismo está arraigado no pensamento brasileiro, apesar de alguns, por burrice ou mal-caratismo, defenderem que ele não existe.

Fonte: Blog do Humberto Adami

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