O
Professor Joseney Leite Conceição, do Centro Educacional Professor Agnaldo
Viana Pereira (CEPAVP), localizado na distrito de Quixabeira, município de
Governador Mangabeira (BA), licenciando em Educação no Campo com Habilitação em
Matemática pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), publicou em 2018 pela revista Entrelaçando (CETENS/UFRB) o artigo: A MATEMÁTICA E O
SAGRADO, objetivando “mostrar a aplicabilidade das Matrizes em situações do
cotidiano, como meio facilitador de obtenção e de sistematização de informações”.
(CONCEIÇÃO e Grilo, 2018, p. 16). Salientando que o artigo em foco, recebeu o Prêmio
de Melhor Trabalho Acadêmico de 2017, no Fórum 20 de Novembro (Sertão Preto),
promovido pela UFRB/CETENS.
A
atividade foi fundamenta em uma situação hipotética, sendo a referência possíveis
oferendas praticadas no Terreiro de Candomblé Ylê Axé OyóMecê Alaketú Ogum
Onirê, levando em consideração o seguinte exemplo:
Na
cultura yourubana cada orixá tem um animal predileto que é oferecido a esses guardiões
pelos participantes. Sabendo-se que Exú aprecia o galo e o bode; Oxalá, gosta
da galinha e da cabra; Ogum, do galo e bode; e a galinha d'angola é apreciada
por Ogum e Oxalá. Assim sendo, consideremos as doações de três participantes:
João, Maria e Miúda. É possível
associarmos as doações dos povos de santo a cada orixá como segue na tabela abaixo.
(CONCEIÇÃO
E GRILO, 2018, pp. 16-17)
Tendo
em vista os números explicitados na tabela, realizou-se os cálculos necessários
buscando o desenvolvimento da Matriz matemática em foco, ou seja:
A
essa tabela pode ser associada uma matriz C que representa as simbologias dos orixás
como segue:
Na
matriz resultante da Tabela 1, cada linha representa a quantidade de animais
oferecidos por cada participante aos Orixás e cada coluna representa um Orixá.
Podemos supor que esses participantes, João, Maria e Miúda, ofereceram mais
animais, representando essa nova oferta pela matriz N.
Após
esta nova oferta, ao realizarmos uma operação de adição de matrizes é possível
descobrir quantos animais vão ser oferecidos aos Orixás, ao calcular C + N,
como segue:
Além
disso, é possível calcular o custo de cada participante ao realizar suas ofertas.
Para isso, representamos o preço de cada animal em uma matriz linha, P. Assim,
se o galo e/ou galinha custaram R$ 20,00 cada, o bode e/ou cabra custaram R$
100,00, e a galinha d'angola R$ 40,00, então o custo de cada participante é
dado por (C + N). P.
(CONCEIÇÃO E GRILO, 2018, pp. 17-18).
Segundo
Conceição e Grilo (2018), a atividade em destaque foi realizada pelo componente
curricular Matemática na Educação Básica IV (MEB IV) durante o Tempo Comunidade,
do curso de Licenciatura em Educação no Campo com Habilitação em Matemática
pela UFRB (CETENS – Feira de Santana), atividade essa que possibilitou a
produção do mencionado artigo, o qual está dividido em três tópicos: Introdução,
Ensino de Matemática, Educação do Campo e os Povos de Terreiro, Apresentação da
atividade (contexto de inspiração e atividade) e Considerações Finais. Enfatizando,
que a Revista Entrelaçando é uma publicação digital do Centro de Ciências e Tecnologia
em Energia (CETENS), campus de Feira de Santana da UFRB.
Quanto
ao Terreiro de Candomblé Ylê Axé OyóMecê Alaketú Ogum Onirê, o mesmo está
localizado no município de Governador Mangabeira - bairro do Portão, sendo “fundado
em 1962, pelo saudoso Babalorixá Leopoldo Silvério da Rocha, tendo como zelador
atualmente Leomar Silvério da Rocha, que assumiu a partir de 2007. O ciclo de
obrigações do Ylê acontece todos os anos, sempre a partir de dezembro, e dura
em média um mês (CONCEIÇÃO E GRILO, 2018, p. 16). Salientando que o professor Josiney
Leite Conceição, é adepto do candomblé, atuando como membro do citado Terreiro com a função de Ogan.
“Parabenizo
ao Professor Josiney Leite Conceição pela brilhante produção acadêmica, um
artigo com relevante significado para o estudo da matemática em uma perspectiva
voltada para o cotidiano e com vínculos ao Candomblé, enfatizando que a
aplicabilidade das leis 10.639/2003 e 11645/2008, também podem acontecer em
outras áreas do conhecimento que não seja apenas de Ciências Humanas. Além
disso, a atividade desenvolvida ressalta a importância de levar para sala de
aula elementos da História e Cultura Afro-brasileira e Africana, nesse caso as
religiões de matriz africana, algo que o professor Ney, como é conhecido por
todos realiza com extrema competência e propriedade em suas aulas. Parabéns...”,
salientou o professor Borges
Fonte:
ENTRELAÇANDO - Revista Eletrônica de Cultura e Educação. A Matemática e o Sagrado. Edição
Especial, nº 11, Ano VII, Vol. 1. Feira de Santana: UFRB/CETENS, 2018.
Disponível em: https://www2.ufrb.edu.br/revistaentrelacando/images/edicoes/volume11/artigos/2_A_MATEMÁTICA_E_O_SAGRADO_págs_11-_20.pdf.
Acesso em: 21/03/2019.
Parabéns Professor Joseney!
ResponderExcluirExcelente. Parabéns!!
ResponderExcluirParabéns meu amigo e professor Joseney!
ResponderExcluirParabéns professor Joseney!É isso aí. Inovar sempre!
ResponderExcluirParabéns professor professor vc é merecedo
ResponderExcluirParabéns pelo importantíssimo trabalho! Muito interessante e significativo para a educação.
ResponderExcluirParabéns colega fico muito feliz pelo seu trabalho
ResponderExcluirParabéns Josenei sucesso.
ResponderExcluirPerfeito Professor! Parabéns...Exemplo de resistência
ResponderExcluirJailton 1C parabéns né os dois terreiros de Candomblé no bairro do Portão que faz sucesso na nossa cidade , saudoso Leopoldo Silveira da Rocha né que já morreu mas seu filho, assume hoje Leomar ,está presente também o outro terreiro de candomblé no bairro do Portão é o de cacho também bem conhecido no mundo afora e não descendo de falar também é uma cultura que vem há muitos anos etc.
ResponderExcluirRuriane Guedes 1av , pelo o que eu li nesse texto percebe-se que a matemática está presente também no candomblé , onde foi possível realizar um cálculo de adição para saber quantos animais foram oferecidos aos orixás,além disso logo após foi realizado outro cálculo ,mas nesse cálculo foi utilizado além adição também a multiplicação para descobrir o valor de cada participante que fizeram suas ofertas.
ResponderExcluirCarla Carine 1DM, eu entendi nesse texto que pode se usa a matemática em matrizes africanas, por exemplo como foi usado o cálculo para saber quantos animais foram oferecidos para o orixás e isso é muito importante.
ResponderExcluirÉ importante lembrar que o professor Joseney nos traz muitas coisas sobre o candomblé e isso me chamou muito a atenção eu achei muito importante o trabalho do professor Ney e importante saber que cada orixá tem seu animal preferido. Temos que respeitar sa diferentes religiões
Com um povo chegando a novelas, romance, mocinhos, bandidos, reis,descobridores e princesas, a história do Brasil foi transformada em uma espécie de partida de futebol na qual preferimos torcer para quem ganhou essa história é positivista que os fatos dos chamados.
ExcluirTamires
Excluir1cm
Edvando ribeiro 1DM: o texto retrata fatos importantes Como a matemática presente No candomblé Usada Para Concluir quanto foi gasto Por João, Maria e Miúda Nas oferendas a os orixás Exú, Oxalá e Ogum .
ResponderExcluir•Maria:860
•Miúda:680
•Miúda:1.460
V= 3.000 $