Golpe Militar de 1964: caminhos para a tortura, censura, fim da liberdade de expressão, eleições indiretas e exclusão social

O golpe de estado que instaurou a ditadura militar no Brasil em 1964 completa 55 anos neste domingo (31). Após o ato, iniciou-se um regime de exceção que durou até 1985. Nesse período, não houve eleição direta para presidente. O Congresso Nacional chegou a ser fechado, mandatos foram cassados e houve censura à imprensa. De acordo com a Comissão da Verdade, 434 pessoas foram mortas pelo regime ou desapareceram – somente 33 corpos foram localizados. Em 2014, a comissão entregou à então presidente Dilma Rousseff um documento no qual responsabilizou 377 pessoas pelas mortes e pelos desaparecimentos durante a ditadura. CONTEXTO HISTÓRICO DO GOLPE CIVIL-MILITAR DE 1964 O mundo vivia o auge da Guerra Fria – disputa bipolar entre EUA (capitalistas) e URSS (socialistas) Essa disputa se configurou principalmente através da Guerra do Vietnã (1955-1975) e pela Revolução Cubana (1959). No Brasil em 1961, Jânio Quadros toma posse como presidente. No seu governo chegou a proibi