O Modo Petista de Ser: por Isac Afonso dos Santos Filho

Depois de vencer o medo do terrorismo praticado pelas mentes retrógradas deste país, o Brasil passou a ser governado pelo PT, tendo antes diversas experiências exitosas em estados e municípios que inauguraram o Modo Petista de Governar. Na Bahia, estado que foi mantido à mão de ferro pelos antigos senhores da Ditadura e, que neste período se locupletaram em se apropriarem de toda a estrutura deste e de todos os benefícios que este (o Estado) poderia gerar, para criar os mecanismos de subjugação do povo baiano, a exemplo de aparelhos do estado como polícia, Sec. Da Fazenda (o governo de forma geral), construíram o maior grupo de comunicação do nordeste, envolvendo ai Televisão, Jornais impressos e rádios, afim de formar a opinião do povo, como método de manutenção do poder nos novos tempos de Democracia que não tardaria a chegar. Mas, a esperança venceu o medo aqui na Bahia também, embalada pelo Modo Petista de Governar executado pelo Presidente Lula, mas que teve aqui também os seus diversos exemplos. No Recôncavo baiano, o Modo Petista de Governar inaugurado pelos prefeitos Carlinhos em Mutuipe, seguido por Silvio Ataliba em Maragojipe e Olando Peixoto em Cruz das Almas dentre outros, suscitaram na população da região o desejo de se desvencilhar de tudo que era retrógado e perverso. Esses exemplos irradiaram na população um sentimento de “Nós também podemos” e assim, essa região se somou ao Estado para coroar o Modelo Petista de Governar na Bahia. O anseio era tanto que o povo baiano resolveu que nem queria segundo turno, foi de “prima”. Esse Modo Petista de Governar que tem mudado o Brasil, a Bahia e muitos municípios deste Estado, é resultado do Modo Petista de Ser. O PT nasce no movimento dos trabalhadores e assim o leva para sua sigla, agregando todos os movimentos sociais e discussão da população que até então, foram excluídos da vida política. Destacam-se ai o Movimento dos sem Terra, Movimento Negro, Movimento de Mulheres, GLBTTT, os Movimentos Sindicais, Trabalhadores Rurais, etc., integrando em um ambiente de reivindicação política, uma diversidade que só poderia resultar na mais alta riqueza que uma instituição poderia ter. É nesse ambiente de diversidade que durante essas três décadas, este partido formulou e aprimorou o seu formato, entendendo que era preciso se construir único, a partir das diferenças, respeitando-as e principalmente, valorizando-as. É dessa diversidade, que nasce a necessidade de congregar grupos que colaboram com o partido em assuntos específicos, o que se constitui as tendências. Da experiência de construção partidária a partir do dialogo, da concretude e do exercício da democracia no modus operandi do partido é que nasce o Modo Petista de Governar, pois tem sua origem no Modo Petista de Ser. Em maço de 2010, os Diretórios Municipais do Partido dos Trabalhadores (PT) e os Diretórios Estaduais e Nacional darão posse as suas novas direções, resultado do último PED (Processo de Eleições Diretas do PT) de novembro de 2009. Esses novos diretórios em todo o Brasil viverão a primeira experiência de disputar uma Eleição à Presidência da República sem que o candidato seja o Presidente Lula. Desafio posto, o PT quis mais, resolveu, depois de ousar com o primeiro Presidente Operário do Brasil e o primeiro a dar certo no mundo, ousa eleger a primeira Presidenta do Brasil. Só poderia ser no PT, pois, é neste partido que está posta a discussão de gênero com propriedade e tantas outras discussões que o Modo PT de Ser permite, sem cacique, sem dono, sem cabresto. Mas esse não é o maior desafio, a ousadia é marca registrada do PT. O maior desafio que encontrarão principalmente os Diretórios Municipais será o de crescer, aumentar a base de militância sem sucumbir às tentações do assédio que viverá o partido. O desafio será manter o Modo Petista de Ser, que resulta no Modo Petista de Governar. Não podemos nos furtar a incorporar novos parceiros para a luta, bem como não podemos ter a presunção de que somos tudo o que há de bom. Daí advém a necessidade de voltarmos a trabalhar mais com a formação, principalmente dos jovens, estes que ainda não se deixaram corromper pelos postulados do capitalismo selvagem que impregnou o mundo com o comportamento altamente competitivo e autofágico, mas, principalmente, ousar mais, ousar sempre.

Por: Isac Afonso dos Santos Filho
Graduado em Administração, é Assessor do Deputado Federal Luiz Alberto/PT

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